A história dos comissários de bordo

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Uniformes por Emilio Pucci, 1965. Foto: Courtesy Braniff International Public Relations Archives, History of Aviation Collection, UT-Dallas

Por Lucas Estevam

estevampelomundo
    @estevampelomundo

Hoje vou contar pra vocês a história dos comissários de bordo! Tudo começou na década de 1920, quando os aviões passaram a oferecer serviços comerciais. Em 1922, as empresas Daimler e Stout foram as primeiras a contratar tripulantes. Foi em 1930 que esses tripulantes começaram a se parecer como os comissários de bordo que conhecemos hoje. Tudo mudou quando surgiu uma enfermeira britânica, chamada Ellen Church, que tinha o sonho de ser piloto de avião, mas que nunca seria contratada por ser uma mulher e, por isso, reivindicou à Boing Air Transport, que colocassem enfermeiras a bordo dos aviões para cuidar da saúde e segurança dos passageiros durante os voos.

A experiência foi tão bem-sucedida que as outras companhias aéreas logo passaram imitar e contratar enfermeiras. Como ainda era uma época muito machista, muitos homens também foram contratados, principalmente nas companhias europeias. E em muito pouco tempo já não necessitava mais a qualificação de enfermagem, a exigência na verdade era ser solteira(o) e não ter filhos, além de ter baixa estatura e baixo peso, por conta dos tamanhos das aeronaves. Mas, essa qualificação só existiu até no final da década de 1950, pois a partir daí as companhias passaram a ter jatos.

Curiosidade: o primeiro voo da equipe de comissárias de Ellen Church aconteceu em 15 de maio de 1930, durou 20 horas, com 13 escalas, e passou por Oakland, Califórnia, a Chicago, Illinois. E o salário inicial dessas comissárias de voo era por 125 dólares por mês.

No Brasil

Apesar de algumas empresas terem feito experiências com tripulantes durante as décadas de 1930 e 1940, as companhias brasileiras só contrataram comissários após a Segunda Guerra Mundial. As primeiras empresas a fazer essas contratações foram a Varig, a Real e o Lóide Aéreo. As duas últimas contratavam ambos os sexos, porém a Varig só contratava homens, e apenas começou a contratar mulheres quando começou a ter voos internacionais para Nova York, em 1954, pois as aeronaves que iriam atender a rota ofereciam leitos para algumas classes, e não era conveniente que comissários do sexo masculino atendessem mulheres e crianças nesses leitos.

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