Entre sonhos e realidade, surge a La Loba, marca brasileira de bolsas sustentáveis e veganas. Selecionada entre mais de 500 projetos do mundo todo, ela representou o país no Prêmio Latinoamérica Verde e alcançou a 58ª colocação na categoria “Produção e Consumo Sustentável”.
Fundada por Kaline Demarchi, a marca nasceu no berço da sustentabilidade e trabalha com materiais alternativos que evitam impactos ambientais e crueldade de animais. “Utilizamos o Laminado Vegetal (material usado para produzir bolas de futebol), matéria prima nacional e biodegradável, tecidos reciclados e de descarte da indústria têxtil, e alguns laminados sintéticos”, conta a fundadora. Na época, quando trabalhava como atriz, Kaline conta que começou a acordar com recordações de sonhos em que ela produzia bolsas. “Eu me lembrava com detalhes dos sonhos quando acordava. Comecei um curso de pachtwork, como um hobby, apenas para expressar essas inspirações, e aí foi amor à primeira bolsa”.
A marca, que atua no processo de compensação de CO2
e no programa de fomento à reciclagem do “EuReciclo”, também é parceira da IDESAM, uma ONG de Manaus que lançou o projeto “Carbono Neutro”. “Por meio de cálculos feitos a partir da quantidade de bolsas produzidas, a ONG nos informa o impacto de CO2 que a nossa produção causou, e qual a quantidade de árvores necessárias para compensar isso. A compensação é feita através da recuperação de áreas degradadas na Reserva do Uatumã, localizada no estado do Amazonas”. O modelo de plantio é chamado Sistema Agroflorestal, em que espécies arbóreas (frutíferas e madeireiras) e cultivos agrícolas são combinados para otimizarem a produção do agricultor, permitirem a diversificação da produção e o uso mais eficiente dos recursos naturais. “Essa forma de trabalho gera não apenas benefícios ambientais, mas também socioeconômicos, pois garante segurança alimentar e geração de renda para as famílias envolvidas no programa”, explica Kaline.
