*por Ana Vaz
“Profissional o suficiente para o escritório, elástica o suficiente para a aula de yoga e confortável o suficiente para o sofá.” A frase dita por Aya Kanai, chefe de conteúdo editorial e parcerias do Pinterest, resume o ath-flow, a aposta mais quente – e sensata! – para a maneira de nos vestirmos neste 2021, e quero crer, nos anos que se seguem.
Com a rotina de isolamento e distanciamento social ainda em prevalência, não é de se esperar que roupas confortáveis estejam no topo da nossa lista. Horas de homeoffice, muito mais tempo sentadas do que quando saíamos para trabalhar (claro, falando da parcela privilegiada da população que pode trabalhar de casa), nos fizeram sonhar com conforto e procurar em nossos guarda-roupas e fora deles, por peças que não nos torturassem ao longo do dia. (E não deveria ser assim, sempre?). Assumimos o conforto como item essencial na lista de atributos necessários às nossas roupas e calçados, mas com o tempo de pandemia se estendendo, começamos a sentir falta dos looks mais arrumados, e com a volta de algumas atividades presencias, começamos a desejar versatilidade: looks que além de arrumados pudessem atender à varias das demandas de nossa agenda. O ath-flow traz essa proposta!
É fácil de implementar? É sim! E você provavelmente já pode faze-lo usando até mesmo o que já possui no guarda-roupa – a não ser que você seja uma daquelas pessoas que possui apenas peças que apertam, raspam, incomodam ao menor movimento. O ath-flow é sobre a mistura de elementos visuais e matérias que possam nos proporcionar um estilo mais arrumado, com um sensorial gostoso e com códigos visuais que façam a ponte entre diferentes ambientes – do tapetinho da yoga para o escritório, lembra?
Pra isso, pra começar a adotar essa proposta, você pode pensar em peças híbridas (que possuem nelas mesmas características visuais e materiais diferentes) ou em looks com peças que tenham origens distintas. Funciona assim, ó:
- Pense numa peça que tenha em si mesma mistura de atributos/características. Atributos do tal arrumadinho (são vários e você pode escolher entre os que mais lhe agradam como tecidos planos ao invés de malhas, tecidos mais nobre ou que se pareçam a tecidos mais nobres, como sedas, rendas, linhos ou os que os imitam), bordados, brilhos, modelagens e peças da alfaiataria, comprimentos mais longos para saias, etc.) misturado a atributos de conforto de conforto (elasticidade, tecidos elásticos como a malha, o tricô, o moletom e os que possuem elastano em sua composição, modelagens que permitem liberdade de movimentos). Por exemplo, uma calça jogging (que vem do esporte) ou cargo, em poliéster com aparência e toque de seda, vai ser confortável e arrumada (fácil de cuidar e usar, porque não amassa). Você pode usá-la com uma regatinha de tricô e um colete ou blazer de moletom, e a versatilidade de uso acontece.
- Misture peças com propriedade diferentes. A peça em si pode ser ultra casual e menos arrumada, mas você vai fazer o que o hi-low já nos ensinou, vai coordenar esta peça “low” (mais simples e casual), com outros itens mais “hi” (corte mais sofisticado, tecido mais arrumado) e o look imediatamente ganha características de conforto, boa aparência e versatilidade. Aquela camiseta básica pode ser coordenada a brincos interessantes (e que a “vestem” para uma videoconferência) e à uma pantalona fluida em tecido com aparência mais nobre, um par de técnicas deliciosamente lindos e confortáveis e você está pronta pata várias ocasiões.
- E que tal usar todas as peças com a modelagem de uma característica e os matérias de outra? Um terninho de corte fluido todo em moletom, malha dupla ou plush pode ser considerado ath-flow. E vai do sofá pro escritório.
Pode apostar que você tem peças aí dentro do seu closet te esperando para viver uma vida mais confortável e arrumada! Topa?
