A temporada de Outono/Inverno da New York Fashion Week acabou na noite de ontem, 11 de fevereiro, após um line-up de mais de 5 dias de desfiles e, como de costume, apontou tendências que devem surgir nos próximos meses nas vitrines.
Nos últimos 2 dias de desfiles da NYFW, as passarelas surpreenderam com uma fartura de opções de produções em alfaiataria, movimento que reflete as tendências atuais da moda e uma modernização do segmento de ready-to-wear com influência da alta-costura e os antigos alfaiates.
Veja como os desfiles traduziram essa tendência em diferentes estilos e os atuais passos das marcas de ready to wear:
Thom Browne – Estilo Criativo
Em uma passarela inventiva, Thom Browne ousou com a mistura de tecidos, texturas e estampas. Mas, as silhuetas de alfaiataria foram inegáveis e mostram que essa tendência clássica pode se tornar única.
Michael Kors – Estilo Sensual
Com uma abordagem mais sensual, Michael Kors usou da alfaiataria para fazer peças assimétricas e desconstruídas que, em conjunto a materiais como couro, tule e plumas, se tornou uma trend versátil para o guarda-roupa de quem gosta de sair do básico.
Luar – Estilo Dramático
LUAR brilhou como as estrelas ao apresentar uma coleção etérea e claro, com muita alfaiataria. Mesclando o material clássico com peças de silhuetas inovadoras, a marca trouxe essa trend básica em um contexto totalmente inovador.
Tory Burch – Estilo Clássico
Um clássico vibrante: essa foi a vibe do desfile de Tory Burch que reuniu peças de materiais já conhecidos pelos antigos alfaiates mas usou das cores para ousar.
Coach – Estilo Esportivo
Não é porque a alfaiataria é elegante que não pode ser usada em contextos mais despojados! Coach mostra isso ao usar um corte mais largo e baggy, combinado com camisetas e acessórios brutos que deixam o look com a estética “high-low”.
O Futuro do Ready-To-Wear
Nos últimos anos, a moda ready-to-wear tem se aproximado cada vez mais da alta-costura, chamando suas peças muitas vezes de uma “alta-moda” e incorporando elementos sofisticados e que elevam o nível de suas coleções. Marcas renomadas têm investido em tecidos mais luxuosos, como brocados, sedas e veludos, além de técnicas mais artesanais.
Essa transição reflete uma busca por exclusividade e qualidade, atendendo a um público que valoriza peças mais elaboradas e atemporais, mas que ainda não tem a oportunidade de adquirir as famosas peças haute couture. Além disso, os desfiles têm adotado uma estética mais teatral e imponente, remetendo ao glamour da alta-costura, mas sem perder a funcionalidade e o dinamismo exigidos pelo mercado do prêt-à-porter.