A ascensão do veganismo tem elevado a demanda por materiais de origem vegetal cada vez mais. Nesse cenário, qualquer descarte exige um segundo olhar, voltado para o upcycling e a consciência dos impactos no ambiente. Até mesmo o biodegradável se transforma em insumo e favorece a exploração de novas cores e texturas, que trazem os materiais veganos para dentro do universo fashion.
De acordo com estudo da WGSN, as tendências de materiais para o próximo ano se dividem em duas categorias: uma com foco no artesanato e outra em looks artificiais, mutáveis e experimentais. Em geral, o handmade e os materiais naturais que favorecem produtores locais e promovem a humanização ganharão ainda mais foco.
Vale também apostar nos materiais de novas empresas especialistas na criação e desenvolvimento de materiais bio-based. Como exemplo, a start-up Malai, que criou um couro a partir do composto de celulose bacteriana obtido dos resíduos agrícolas da indústria do coco indiana. Usados em roupas, acessórios, calçados, embalagens e decoração, os couros vegetais trazem várias opções de materiais que oferecem diferentes cores e texturas naturais, prontos para serem explorados de maneira criativa e sustentável.
Estes subprodutos que evitam o desperdício, como sobra de materiais, subprodutos da indústria alimentícia e lixo de pós-consumo industrial abre portas para um mundo mais verde e oportunidades para um novo olhar no design, que deixa de ser obsoleto para se tornar sublime e conceituado.