Revolução da Moda: como a arte dos desfiles previu este movimento

9 de janeiro de 2025

#Cultura

By: Redação

Nos últimos anos, o mundo da moda testemunhou desfiles que transcenderam a apresentação de roupas, transformando-se em verdadeiras obras de arte. De acordo com a WGSN em artigo sobre o “Surrealismo na Geração Z”, as novas gerações têm exigido cada vez mais que a moda esteja engajada em movimentos artísticos, principalmente aqueles que possuem críticas sociais ou ideologias por trás de suas criações. Isso resulta em uma verdadeira “Revolução da Moda”, como a própria instituição gosta de reiterar com inúmeras pesquisas sobre a revolução do setor, que têm refletido nos últimos anos em coleções e principalmente em suas passarelas, incorporando a arte cada vez mais próxima de criações.

Para entender um pouco mais sobre esse movimento e como tudo começou, a Z te mostra os principais desfiles que influenciaram essa nova forma de fazer moda e foram precursores do que hoje é considerado essencial por muitas fashionistas!

1. Moschino – Coleção Outono/Inverno 2014

Sob a direção criativa de Jeremy Scott, a Moschino apresentou uma coleção que chamou a atenção por seu uso de cores inusitado e uma semelhança aos designs de marcas famosas de fast-food. Mas, além de uma estética chamativa e atraente, essa passarela buscou satirizar a cultura do fast food e do consumismo, o que criou diversos debates entre especialistas e ainda reiterou como a moda pode expressar ideias para além de suas tendências.

Nessa ocasião, modelos desfilaram com peças inspiradas em embalagens de produtos populares, como o icônico vestido que remetia ao uniforme do McDonald’s e outros modelos que simulavam embalagens de balas e chocolates famosos amassados. O cenário lúdico e as peças irreverentes desafiaram as convenções da moda, tornando o desfile um dos mais memoráveis da década e um dos precursores da “Revolução da Moda” atual.

2. Chanel – Coleção Outono/Inverno 2014

Karl Lagerfeld transformou o Grand Palais em um supermercado de luxo para o desfile da Chanel que, além de chamar a atenção por sua inventividade, também colocou em pauta críticas sobre o consumo. Prateleiras repletas de produtos com embalagens personalizadas da marca serviram de passarela para modelos que exibiam peças que mesclavam o clássico tweed da Chanel com uma estética mais urbana que refletia uma modernização da maison.

A combinação do cenário inusitado com a alta costura criou uma experiência visual única, criticando e ao mesmo tempo celebrando o consumismo, prática que também movimenta a “Revolução da Moda” atual.

3. Alexander McQueen – Coleção Primavera/Verão 1999

Embora não nos últimos anos, este desfile permanece icônico e influente atualmente. A apresentação culminou com a modelo Shalom Harlow em um vestido branco sendo pintado por braços robóticos no palco, simbolizando a fusão entre moda e tecnologia.

O impacto visual e emocional deste momento continua a inspirar designers contemporâneos e é um dos principais temas abordados por passarelas de moda na atualidade.

4. Rick Owens – Coleção Primavera/Verão 2014

Desafiando os padrões tradicionais de beleza e apresentação, Rick Owens trouxe para a passarela equipes de step de universidades americanas, compostas por mulheres de diferentes biotipos e etnias. A performance enérgica e as expressões de força e unidade redefiniram a forma como a moda pode ser apresentada, enfatizando a inclusão e a diversidade.

5. Gucci – Coleção Outono/Inverno 2018

Sob a direção de Alessandro Michele, a Gucci apresentou um desfile em um cenário que lembrava uma sala de cirurgia, com modelos carregando réplicas de suas próprias cabeças e acessórios peculiares, como dragões em miniatura. A atmosfera surreal e as peças excêntricas exploraram temas de identidade e transformação e principalmente críticas à uma busca incansável (e não saudável) pela estética. Assim, consolidando o desfile como um marco artístico e social na moda contemporânea.

Esses desfiles exemplificam como a moda pode transcender o vestuário, tornando-se uma plataforma para expressão artística e reflexão cultural: dois grandes pilares da “Revolução da Moda” que devemos ver mais frequentemente nos próximos anos!

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