A estética masculina está passando por uma transformação. O que antes era reservado à moda feminina, como camisas transparentes, decotes e exposição corporal, agora ganha força entre os homens, do tapete vermelho às ruas. Celebrities como Timothée Chalamet, Justin Bieber, Pedro Pascal e Jonathan Bailey têm adotado regatas, camisas abertas e até shorts pouco convencionais, sinalizando que o corpo masculino se tornou elemento central do estilo contemporâneo.
Short shorts: quebra de convenções em plena passarela
Nas passarelas de Primavera-Verão 2026, a sensualidade masculina se materializou em shorts extremamente curtos. Na Semana de Moda de Milão, a Prada apresentou modelos tão curtos que pareciam roupas íntimas, 16 dos 56 looks seguiam essa linha provocante. Da mesma forma, em Paris, a Saint Laurent revisitava a alfaiataria com cortes reveladores, e em Londres, a Martine Rose apostou em propostas ousadas que desafiam a linha entre moda e provocação.
“Naked dressing” e a invenção do sexy masculino
Coleções de marcas tradicionais e estilistas como Prada, Loewe e Balenciaga trouxeram à tona uma nova zona erógena masculina: o abdômen. Calças baixas combinadas com tops cropped revelaram o umbigo de modelos como Troye Sivan e Paul Mescal, indicando que o corpo masculino, quando bem exposto, pode ser tão provocante quanto o feminino.
Slutty fashion: sensualidade sem vergonha
O termo ganhou força nas discussões de estilo masculino. Peças como Speedos (budgie smugglers), regatas sem nada por baixo e shorts ultracurtos foram apelidadas de “sluttiest thing a man can wear”. Uma combinação de clima quente e autoestima elevou o corpo masculino à condição de acessório fashion. Segundo a GQ, a ousadia no vestir hoje está menos relacionada à roupa em si e mais à aura, à confiança e autenticidade daquele que a usa.
Por que agora? Uma moda que quer ser visceral
A justaposição entre moda e corpo ocorre em um momento marcado por transformações na percepção masculina, estimulada por conscientização corporal e liberdade estética. A moda acompanha, propondo peças que revelam, sem necessariamente vulgarizar, promovendo uma linguagem sensual sutil e consciente. A proposta é clara: o sexy masculino deixou de ser tabu e virou linguagem estilística, disponível para todos que desejarem contar suas histórias por meio da exposição corporal.