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As regras não escritas da Casa Branca: A moda por Michelle Obama

31 de outubro de 2025

#Cultura de Moda

By: Redação

Durante os oito anos em que Michelle Obama exerceu o papel de Primeira-Dama dos Estados Unidos, cada escolha de vestuário era observada e, por vezes, interpretada como uma declaração política ou cultural. Ela mesma revelou que adotava uma regra de estilo muito clara: suas roupas não podiam “falarem mais do que aquilo que eu tinha a dizer”. Dessa forma, o que parecia mero figurino ganhava status de ferramenta de comunicação. Michelle optava por cores, cortes e designers que refletissem inclusão, diversidade e acessibilidade enquanto mantinha uma elegância apropriada ao ambiente institucional da Casa Branca.

Ela afirmou que, em muitos dos eventos oficiais, reuniões no gramado sul, visitas a escolas ou jantares de Estado, a roupa “tinham de ser acolhedora. Tinham de convidar as pessoas”. Essa postura revela como o dress code da Casa Branca, embora não totalmente escrito, impunha uma dialética entre exposição e recuo, entre estilo pessoal e função pública.

Do estilo público ao livro-manifesto

É esse contexto, de moda enquanto mensagem e reflexo de identidade, que motiva Michelle Obama a lançar “The Look”, um livro que reúne mais de 200 fotografias inéditas e explica o processo por trás de seus looks enquanto Primeira-Dama, bem como sua evolução de estilo fora da Casa Branca. No livro, ela revela, por exemplo, que evitava usar branco na Casa Branca porque “eu não queria que minhas roupas me impedissem de me conectar com as pessoas”.

“The Look” não é apenas um registro visual: é uma narrativa de identidade, autenticidade e estilo com propósito. Michelle explica como a moda a ajudou a elevar designers emergentes, mulheres designers e talentos imigrantes, como uma forma de influência além da rotina política.

O que aprendemos com Michelle Obama sobre moda e função

A trajetória de Michelle dentro da Casa Branca mostra que o estilo pode sim ser estratégico. Nenhuma peça era mera escolha estética: cada vestido, cada cor, cada designer carregava uma intenção. A moda se tornou um canal para conversas sobre representatividade, poder e imagem pública.

E, agora, através de “The Look”, o público tem acesso aos bastidores desse diálogo visual como Michelle e sua equipe pensavam cada look diante de câmeras, plateias ou crianças em visita à Casa Branca. Mais do que glamour, trata-se de entender que vestir-se é também posicionar-se.

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