Um dia antes de seu desfile pre-fall em Nova York, a Chanel comunica, através de anúncio oficial do presidente Bruno Pavlovsky, que não fará mais uso de peles exóticas em suas criações.
De acordo com ele, essa é uma decisão que oferece a oportunidade de criar uma nova geração de produtos de alta qualidade que respeitam os fundamentos da marca: criatividade, experiência, padrão de excelência e uso de materiais nobres e inovadores em um acabamento excepcional.
Pavlovski ainda pontua a dificuldade em encontrar matérias primas que se enquadrem ao padrão de qualidade e ética da Maison, que a partir de agora volta suas pesquisas aos tecidos e couros gerados por indústrias agrícolas.
O designer Karl Lagerfeld, por sua vez, diz não se lembrar de trabalhar com peles na Chanel, e quanto às exóticas, afirma que existe um problema com suprimentos e não é da marca de forma alguma. “Nós fizemos porque está no ar, mas não é o ar que as pessoas nos impuseram. É uma escolha livre”, declara.
Ainda este ano, grandes marcas de luxo como Gautier, Givenchy, Armani, Coach, Gucci, Michael Kors, Ralph Lauren e Burberry também anunciam a abolição do uso deste material, o que dá start em uma nova era em que a moda de alto nível passa a se importar com a sustentabilidade e a ética de um planeta que volta a ser cada vez mais verde.