Nos últimos dias, Marina Ruy Barbosa foi o assunto principal entre os amantes de moda, principalmente por sua mudança drástica no visual. Mas, o cabelo loiro não foi o único destaque associado à atriz, já que a mesma surpreendeu ao aparecer num tapete vermelho com o braço roxo por um motivo bastante incomum: o peso de seu vestido. Não é de hoje que designers da moda abusam da criatividade e colocam a praticidade de lado, afinal, a maioria dos looks de red carpets e passarelas não são feitos para serem usados no dia a dia. Sendo assim, profissionais da moda e celebridades são escolhidos a dedo pelas maisons para usarem os looks mais desafiadores.
Reveja com a Z momentos em que brasileiras desafiaram seus limites em passarelas e entregaram performances inesquecíveis, mesmo com uma moda imprática.
Vivi Orth – Amordaçada na passarela de Samuel Cirnansck (SS, 2011)

A modelo brasileira Vivi Orth desfilou com a boca amordaçada e seus braços amarrados com um vestido de mais de 20kg nas passarelas de Samuel Cirnansck. Incorporando a filosofia do desfile de representar os desejos mais ocultos dos seres humanos em relacionamentos, Vivi fechou as passarelas no que seria o maior desafio de sua carreira, que é repercutido nas redes até hoje.
Carol Trentini – Gravidez e vestido arrastando no chão (SPFW, 2013)

Carol desfilou grávida de 5 meses em um look longo e justo de Reinaldo Lourenço, com cauda pesada arrastando no chão. Mesmo linda e confiante, a escolha gerou discussão sobre os limites da performance física exigida de gestantes nas passarelas.
Gisele Bündchen – O desfile da sandália arrebentada (Missoni, 2002)

Gisele, já consagrada como supermodelo internacional, entrou na passarela da grife Missoni usando um look leve e esvoaçante, típico da estética boho da marca. No entanto, em pleno desfile, uma das alças da sandália que ela usava arrebentou. O acessório delicado não resistiu à pressão da passarela — e, diante de centenas de olhares atentos, Gisele precisou lidar com a situação de forma ágil.
Com naturalidade e profissionalismo, ela continuou desfilando com a sandália danificada, mantendo a postura e o ritmo, praticamente sem deixar transparecer o incidente. O público notou o contratempo, mas também reconheceu sua elegância ao lidar com ele.
Sabrina Sato – Baile da Vogue 2016

Outro episódio emblemático aconteceu com Sabrina Sato no Baile da Vogue de 2016. A apresentadora escolheu um look futurista e ousado, com estrutura metálica e muitos detalhes em acrílico — assinado por Helo Rocha — que exigia quase um esforço atlético para ser usado. Além do peso do figurino, Sabrina precisou de ajuda para caminhar e até mesmo para se sentar. Apesar do impacto visual inegável e da beleza do conjunto, o look levantou questionamentos sobre até que ponto a arte da moda deve sacrificar o conforto, especialmente em eventos longos e repletos de interações.
Adriana Lima – Victoria’s Secret (2003)

Um exemplo marcante de moda desconfortável nas passarelas envolvendo Adriana Lima aconteceu durante o Victoria’s Secret Fashion Show de 2003. A supermodelo brasileira desfilou com um dos visuais mais pesados da noite: um conjunto de lingerie branco adornado com grandes asas rígidas e estruturadas feitas de penas e materiais metálicos, que exigiam equilíbrio absoluto. Apesar do visual angelical, Adriana revelou anos depois que aquelas asas específicas foram extremamente difíceis de carregar — pesavam mais de 15 kg — e que ela precisou de ajuda nos bastidores para se preparar, com dores nas costas após o desfile. Ainda assim, manteve sua postura impecável na passarela, o que reforça o quanto modelos frequentemente enfrentam desafios físicos para sustentar a estética da moda.
A moda de passarelas e red carpets não foi feita para ser usada no dia a dia, por isso, o trabalho de modelos e celebridades são exaltados com tanta frequência pela moda. Não é apenas sobre andar em uma passarela, mas uma trajetória de aprendizados e, principalmente, amor à moda.