Em meio à preocupação com o meio ambiente, Dior dá mais um passo em direção à sustentabilidade. No desfile que aconteceu em Paris, para apresentar a coleção ready-to-wear primavera 2020, ela criou uma simbiose poética e lúdica para seus convidados. Não só para eles, mas para o mundo.
Acima das modelos, que desfilavam estampas florais e de folhagens e chapéus de palha, um céu verde pairava junto com uma brisa fresca. A marca criou um jardim com mais de 160 árvores que foram e plantadas na capital francesa, logo após os 1200 convidados deixarem o hipódromo de Longchamp. As tranças traziam referências da ecologista Greta Thunberg, uma das figuras mundiais mais emblemáticas quando o assunto é meio ambiente.
Nas entrelinhas da coleção, a diretora artística da Dior, Maria Grazia Chiuri, revirou o baú da marca e idealizou uma homenagem à irmã mais nova de Christian Dior, Catherine, a verdadeira Miss Dior, símbolo da resistência francesa que, após ser torturada, firmou sua carreira em meio às flores.
A conexão com a natureza ainda não acabou. Depois de um longo estudo sobre a fitologia das vegetações selvagens no Grand Herbier, o Museu de história Natural de Paris, Maria Grazia utilizou uma técnica sustentável de estamparia, o eco-printing. O método consiste em transportar as formas originais das flores e folhas para o tecido. Como? A folhagem é colocada sobre uma tela de lã e, junto com uma solução de água e ferro, é enrolada para fixar o layout. Por fim, esse rolo fica em água fervente por três horas e voilà! Eis a mágica do jardim Dior.