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Halloween: vestir como performance e sua importância para a moda brasileira

28 de outubro de 2025

#Cultura

By: Redação

O Halloween, celebrado no dia 31 de outubro, passou de tradição infantil ou festa pontual a um momento de expressão estética que movimenta moda, beleza e comportamento. No Brasil, cada vez mais pessoas aproveitam a data para experimentar visualmente: fantasias elaboradas, maquiagens ousadas, styling inspirados em personagens ou narrativas capitais da cultura pop. Esse cenário gera não só diversão, mas também impacto direto no guarda-roupa e transforma peças aparentemente “fantasia” em oportunidades de estilo criativo. Entenda como esta data comemorativa influencia a moda brasileira e se tornou um dos eventos mais aguardados pelas fashionistas.

Uma data que virou nova temporada fashion

Embora o Halloween tenha origem em festividades célticas e tenha sido popularizado nos Estados Unidos, ele encontrou no Brasil um espaço crescente como evento de consumo e visualidade. Segundo dados do varejo nacional, fantasias, maquiagens e acessórios vinculados à data registram crescimento expressivo durante outubro, refletindo que o evento se firma no calendário de moda e varejo. Para o segmento de moda, isso significa que o Halloween deixou de ser mera curiosidade costumeira e passou a ser previsão estratégica de vendas, criatividade e branding.

Moda, fantasia e identidade: intersecções

A moda aproveita o Halloween como paleta livre para experimentar contrastes: peças que mesclam terror e elegância, visual “monstro chique”, referencial gótico, ou estilização de personagens de filme e séries. Os looks de Halloween podem até mesmo vir diretamente das passarelas por exemplo, onde inspirações góticas ou dramáticas vistas em desfiles tornam-se fonte para fantasias que circulam entre o estilo e a festa. No Brasil, isso significa que consumidores, marcas e estilistas veem na data uma oportunidade de explorar narrativa visual, identidade pessoal e experimentação estilística e até mesmo apresentaram uma moda mais dramática na SPFW N60.

Moda grunge em Dendezeiro e Mercado Livre na SPFW N60. Foto: @agfotosite.

Oportunidade econômica e desafio criativo

Para o setor da moda no país, o Halloween representa uma janela de oportunidade: fantasias, acessórios temáticos, coleções cápsula de “outubro”, campanhas de marketing e colaborações com influenciadores. O Relatório do Sebrae indica que a data tem potencial para incrementar vendas de moda, ainda que isso exija planejamento, criatividade e aderência ao público. Por outro lado, há o desafio de não reduzir a data a mero consumo: há espaço para discurso, identidade cultural, experimentação estética e até crítica, por exemplo em torno de apropriação, gênero, corpo e visualidade-festiva. Um dos exemplos mais recentes foi o Halloween da Sephora, o evento anual que acontece em outubro e celebra as fantasias e maquiagens artísticas mais ousadas nesta época do ano.

Halloween Sephora. Foto: Reprodução Instagram @anitta.

O Halloween como ponte para a moda autoral e o estilo híbrido

Uma das consequências estilísticas é que o Halloween ajuda a quebrar a dicotomia entre “festa” e “uso diário”. Peças antes reservadas para trajes passam a influenciar o street style, editoriais e coleções: como elementos de couro, vinil, cores fortes, silhuetas dramáticas. A moda autoral pode se apropriar da data como laboratório visual. No Brasil, isso fortalece a ideia de vestir com intenção e experimentar com estilo, identidade e performance.

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fashion

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