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Misci leva moda, cinema e experimentação ao icônico Cine Marabá e inaugura nova narrativa para desfiles em São Paulo

27 de novembro de 2025

#Desfiles

By: Redação

A grife brasileira Misci, sob o comando do estilista Airon Martin, promoveu na noite de 26 de novembro de 2025 um desfile pouco convencional: a sua coleção Inverno 2026 foi apresentada dentro do histórico Cine Marabá, no centro de São Paulo, um dos cinemas de rua mais emblemáticos da capital, inaugurado em 1944 e restaurado em 2009.

Em uma proposta que mistura moda, audiovisual e arquitetura, a passarela se fundiu à tela: antes de os modelos subirem, o público assistiu ao trailer do curta-metragem A Dama do Interior, protagonizado pela atriz Débora Nascimento, com participação de Dan Ferreira e do próprio estilista, que serviu como contexto narrativo da nova coleção. A ambientação do Cine Marabá, com sua arquitetura antiga e atmosfera intimista, tornou-se parte essencial da experiência.

Foto: Reprodução Misci.

Um desfile-filme: moda como narrativa audiovisual

Depois da exibição do trailer, os modelos desceram pelas escadarias da plateia e desfilaram por entre as poltronas, com looks que misturam forma, textura, cor e movimento, refletindo a estética proposta por Airon Martin em colaboração com o arquiteto Isay Weinfeld. A coleção aposta em tecidos fluídos, sobreposições, contrastes de luz e sombra, além de cortes e volumes que dialogam com a linguagem cinematográfica, fazendo da passarela uma experiência imersiva.

A escolha de realocar o desfile para um espaço cultural tradicional como o Cine Marabá rompe com o formato convencional de passarelas e sugere uma nova era para a moda nacional, uma em que passado, memória, cinema e moda se cruzam. A Misci reafirma seu papel como grife provocadora, que ousa ao transformar o runway em palco de uma narrativa audiovisual.

Brasilidade, narrativa e inovação em cena

A coleção apresentada aposta também numa reflexão sobre identidade e história brasileiras. O curta-metragem, gravado no Recôncavo Baiano, estabelece um diálogo entre interioridade, memória afetiva e códigos culturais do país, elementos que se refletem nas roupas, nos cortes e no styling. A colaboração com Isay Weinfeld traz uma forte influência de arquitetura e atenção aos espaços, luzes e contraste, evidenciando que a moda pode (e deve) dialogar com outras linguagens artísticas.

Com esse formato híbrido, a Misci rompe com a lógica tradicional de desfile e reafirma uma aposta na moda como forma de arte, narrativa e experiência sensorial. O público, os convidados e os famosos presentes, entre eles o ator João Guilherme, vivenciaram não apenas uma apresentação de roupas, mas um evento completo de cultura, estética e emoção.

O que este momento significa para a moda brasileira

O desfile da Misci no Cine Marabá representa um marco para a moda do país: demonstra que há espaço para inovação, para misturar audiovisual, história e estilo, e para criar desfiles que vão além da passarela tradicional. Essa transição de palco, de passarela convencional para cinemas, galerias ou espaços culturais, amplia as possibilidades de experimentação e aproxima moda, arte e público de forma mais fluida.

Além disso, a colaboração entre moda e arquitetura na coleção, a valorização de narrativas brasileiras e a escolha de espaços históricos reforçam o papel da moda como ferramenta de identidade e expressão cultural, um caminho que muitas marcas nacionais já começaram a trilhar e que agora ganha força com propostas corajosas como a da Misci.

Com esse movimento, a Misci prova que reinventar a moda é possível, e que o Brasil pode protagonizar apresentações tão instigantes e criativas quanto as grandes capitais da moda mundial.

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brasil

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