As semanas de moda globais da temporada Primavera/Verão 2026 trouxeram um turbilhão de inovação visual. De Milão a Paris, houve um consenso claro nas passarelas: a moda está mais vibrante, ousada e ao mesmo tempo refinada. Entre os looks fortes, os blocos de cor, a alfaiataria precisa e os contrastes dramáticos foram elementos repetidos, e mostram que o vestir bem agora é misturar potência estética com frescor.
Color Block e cores vivas dominam
Uma das tendências mais visíveis foi o uso de cores saturadas e contrastantes. Casas como Fendi exploraram flores multicoloridas e grafismos geométricos sobre paletas que flertam com o candy-colour: turquesa, vermelho forte, pastéis marcantes se combinaram de modo a energizar os looks. Em Milan, cores como amaros vibrantes, verde chartreuse e tons próximos ao escarlate apareceram em acessórios, bolsas e outerwear, funcionando como pontos de luz em peças neutras. Loewe, sob nova direção criativa, foi apontada como uma das marcas que lideram essa retomada da cor, com jaquetas, vestidos e couros em tons primários bem presentes.
Alfaiataria reinventada: poder, silhuetas moldadas, proporções novas
A alfaiataria apareceu repaginada: ombros marcados, proporções alongadas, cortes estruturados, mas também leves camadas de desconstrução. O “power suit” continua forte, mas agora com toques de suavidade ou contrastes: misturando rigidez com fluidez. Em Milão, jaquetas estruturadas sobreblusas transparentes, colarinhos firmes, saias lápis e calças de cintura alta revisitaram o clássico com novos recortes e tecidos mais leves. Simone Bellotti, em sua estreia na Jil Sander, trouxe uma precisão formal notável; há também uma volta do glamour de Versace, com referências visuais dos anos 80, mas adaptadas ao verão.
Texturas, transparências e saber artesanal
Além da cor e do corte, houve uma valorização de texturas: renda, chiffon, camadas transparentes, rendas delicadas e detalhes artesanais voltaram a marcar presença forte. Tecidos leves que brincam com luz e sombra ajudam a equilibrar os looks mais estruturados, oferecendo suavidade e movimento. Também houve uso de franjas, plumas, bordados e aplicações que dão alma visual aos desfiles, reforçando que a estética não é só sobre cor ou forma, mas sobre como uma peça se move e vive.
Contrastes de estilos e nostalgia revisitada
Outra linha que chamou atenção foi a mescla entre o nostálgico e o contemporâneo. Elementos dos anos 80, ombreiras, tecidos metálicos, brilho, silhuetas glamourosas, foram revisitados, mas com toque atual, seja em styling, seja em proporção. As passarelas também alternaram entre o maximalismo visual e momentos de restrição: peças mais contidas, paletas neutras, cortes simples, quase minimalistas, apareceram em coleções onde o drama ficava por conta dos acentos fortes (detalhes coloridos, acessórios impactantes).
O que isso significa para o vestir agora
Todas essas tendências sinalizam que a moda de SS26 não está interessada apenas em novidade estética, mas em expressividade. Há uma clara vontade de destacar personalidade, vestir algo que chame atenção, que tenha contraste, que misture cor, textura e história. Também indica favorecimento por peças que funcionem bem em momentos festivos, no dia a dia e em ambientes de clima quente, sem perder presença.
Se você for montar seu guarda-roupa para o verão: invista em uma peça de alfaiataria bem cortada com cor vibrante, combine transparências ou rendas para suavizar looks fortes, e brinque com color block, seja em um vestido inteiro ou apenas com acessórios. O momento é de vestir com ousadia.