No dia em que completa mais um ano de vida, Sofia Coppola continua sendo mais do que uma premiada cineasta: ela é um verdadeiro ícone de estilo. Com uma estética que transita entre o minimalismo e o onírico, Coppola influenciou não apenas o cinema independente, mas também o universo da moda — onde sua sensibilidade visual e olhar feminino encontraram um público cativo e apaixonado.
Filha do lendário Francis Ford Coppola, Sofia cresceu entre câmeras e passarelas. Antes de consolidar sua carreira na sétima arte, estudou moda e chegou a lançar uma linha própria de roupas na adolescência. Essa bagagem estética se tornou parte do seu DNA criativo e moldou seu olhar como diretora e como musa silenciosa da sofisticação contemporânea.
Estilo próprio: o luxo da discrição



O estilo pessoal de Sofia Coppola é um estudo de elegância silenciosa. Amiga íntima de Marc Jacobs e presença constante nas primeiras filas da Chanel, ela raramente aposta em maximalismos. Seu guarda-roupa é feito de peças atemporais, tecidos nobres e uma paleta neutra — sempre com toques de feminilidade refinada. Camisas de alfaiataria, sapatilhas discretas, calças de cintura alta e vestidos de corte simples fazem parte de sua estética consistente, que influencia mulheres ao redor do mundo em busca de um visual cool sem esforço.
A diretora que veste suas personagens com alma
Se no tapete vermelho Sofia se destaca pela discrição elegante, nas telas ela transforma figurino em linguagem. Em Maria Antonieta (2006), recriou o século XVIII com candy colors, tule e silhuetas exuberantes — tudo embalado por trilhas de rock dos anos 1980. Já em Encontros e Desencontros (2003), seu olhar para a alienação urbana se manifestou em camisetas simples, lingeries à mostra e o ar despretensioso de Charlotte, personagem de Scarlett Johansson, cuja estética até hoje inspira editoriais e coleções.



Cada filme de Sofia é um case fashion. As Virgens Suicidas trouxe vestidos vintage e romantismo melancólico; The Bling Ring mergulhou na cultura da ostentação dos anos 2000 com microbolsas, moletons Juicy Couture e Louboutins; e em Priscilla (2023), seu olhar íntimo sobre a juventude de Priscilla Presley gerou uma ode ao guarda-roupa sessentista, com babados, delineadores e golas altas perfeitamente costurados à narrativa.

De musa a colaboradora das grandes maisons
Além de inspirar estilistas e fotógrafos, Coppola já atuou como colaboradora em projetos de moda. Criou uma bolsa para a Louis Vuitton — a icônica SC Bag — que traduz seu estilo pessoal em um acessório prático, clássico e sutilmente luxuoso. A parceria foi um sucesso, solidificando sua posição como criadora que transita com naturalidade entre arte, moda e cultura pop.
