O icônico bandage dress, vestido justo feito de faixas elásticas que modelam o corpo como uma segunda pele, retorna aos holofotes com força total. Criado nos anos 1980 por Azzedine Alaïa e eternizado por Hervé Léger nos anos 1990 e 2000, ele voltou ao armário das gerações que viveram seu auge e conquistou a Geração Z com uma nova estética, mais sensível e de poder pessoal.
A ascensão: Alaïa, Hervé Léger e o padrão de poder
A história do bandage dress se iniciou nos anos 80, quando Azzedine Alaïa desenhou vestidos que abraçavam a silhueta feminina com sofisticada elasticidade. Porém foi Hervé Léger que deu forma definitiva à peça: tiras de tecido elástico envoltas ao corpo criando o “look múmia sexy” que virou febre entre supermodelos como Cindy Crawford, Naomi Campbell e Claudia Schiffer.
Nos anos 2000, o modelo virou uniforme fashion de estrelas como Kim Kardashian, Paris Hilton e Lindsay Lohan, reforçando seu caráter sensual e celebratório do clubwear.
O retorno: nostalgia com propósito e novas leituras
Em 2025, o bandage dress renasce guiado pela nostalgia millennial e pela curiosidade da Geração Z. Estrelas como Hailey Bieber e Kaia Gerber foram vistas com releituras limpas do modelo clássico, como o vestido branco usado por Kaia no TIFF, homenagem à mãe Cindy Crawford.
Mas o retorno tem nova narrativa: ele não se veste mais para ser olhado, e sim para afirmar o próprio corpo. O contexto de autoafirmação e debates sobre estética corporal dá ao bandage uma nova camada, poderosa, consciente e inclusiva.
Red carpet do passado e do presente
De item de festa e tapete vermelho nos anos 2000, o bandage agora assume papel digno também de eventos diurnos e sofisticados. Versões mais longas ou combinadas com outras peças (como blazers ou jaquetas) permitem usar a peça em jantares formais e eventos sociais, adaptando seu DNA sexy à diversidade contemporânea.
O novo corpo do bandage: tecnologia, sustentabilidade e inclusão
Em 2025, marcas como Hervé Léger e House of CB apostam em tecidos tecnológicos, fibras recicladas e modelagens que atendem a diferentes biotipos. A silhueta ajustada continua, mas com conforto e consciência — para além da estética, a peça agora é sobre escolha, controle e pertencimento.
Como adotar a trend hoje
- Combine o vestido bandage com blazers oversized para equilibrar o visual.
- Opte por cores vibrantes como laranja, roxo ou branco, que estão dominando as novas coleções.
- Acessórios pontuais (brincos statement, clutch minimalista) realçam sem competir com a vestimenta.
- E, se conforto for prioridade, peças menores como saia ou top bandage podem ser integradas em looks urbanos modernos.
O vestido bandage voltou mais do que uma peça curinga: tornou-se símbolo de evolução. Do tapete vermelho à passarela digital, ele representa um reencontro da moda com discurso corporal consciente, estética empoderada e nostalgia reinventada. A volta do bandage é menos sobre repetir o passado e mais sobre reinterpretá-lo com orgulho e propósito.