Hollywood e o mundo da moda têm compartilhado uma relação simbiótica ao longo das décadas, moldando tendências e criando momentos icônicos que ecoam globalmente. O glamour do cinema sempre foi uma vitrine poderosa para a moda, e nos últimos anos, essa conexão tem se aprofundado, com marcas de luxo se envolvendo diretamente em produções cinematográficas, trazendo novos significados para a fusão entre arte e estilo.
Moda em Cena: De Figurinos a Ícones de Consumo
O tapete vermelho e as campanhas publicitárias há muito são palcos para a convergência entre moda e Hollywood, mas, ultimamente, o cinema tem assumido um papel mais central na promoção de marcas. Filmes como “Barbie” e “Wicked” destacam como o merchandising e a inserção de produtos estão se tornando elementos narrativos, em vez de apenas complementares.
Essa tendência se reflete na crescente influência de grifes como Saint Laurent, Loewe, Valentino e Omega. Essas marcas não apenas figuram nos figurinos, mas também moldam as histórias por meio de suas criações, conectando o público com suas coleções de maneira emocional e tangível.
Um exemplo marcante é o filme “Emilia Pérez”, vencedor do Globo de Ouro em várias categorias, incluindo Melhor Filme. Coproduzido pela Saint Laurent Productions, o longa é um marco na relação entre moda e cinema. A figurinista Virginie Montel utilizou os arquivos da grife para criar looks que iam além do figurino, tornando-os peças desejáveis no mercado. Ícones como Zoe Saldaña e Selena Gomez desfilaram designs da Saint Laurent que já estão disponíveis para compra, mostrando como moda e narrativa podem se complementar perfeitamente.
Luxo em Transformação: Moda e Streaming
Com a ascensão dos serviços de streaming, o alcance do cinema se expandiu dramaticamente. Produções como “Fly Me to the Moon”, estrelada por Scarlett Johansson e Channing Tatum, destacam como a moda pode se tornar um personagem essencial nas histórias. No caso, o relógio Omega Speedmaster Professional desempenha um papel central, conectando a narrativa ao legado histórico da marca.
De forma semelhante, “It Ends with Us”, estrelado por Blake Lively, transforma a moda em coadjuvante com a presença marcante de produtos Carhartt e acessórios Valentino. O uso de itens do guarda-roupa pessoal de Lively no filme adiciona uma camada de autenticidade que ressoa com os espectadores.
Figurinos como Obra de Arte
A relação da moda com o cinema não se limita ao merchandising. Diretores visionários, como Luca Guadagnino, têm explorado a moda como parte integral de suas narrativas. Em “Challengers”, estrelado por Zendaya, e “Queer”, com Daniel Craig, o estilista Jonathan Anderson combina moda contemporânea e de época, criando um impacto visual memorável. A Loewe, em particular, se destaca ao transformar figurinos em itens desejáveis, como a icônica camiseta “I Told Ya”, inspirada em JFK Jr.
Um Olhar para o Futuro
Com a Netflix adotando uma estratégia mais focada em qualidade e diversificação de receita, a moda encontra novas oportunidades para se destacar no cinema. O aumento do conteúdo original na plataforma reflete uma mudança em direção a histórias mais impactantes, muitas vezes entrelaçadas com grandes nomes da moda.
A fusão entre moda e cinema é mais do que uma estratégia de marketing; é uma celebração da criatividade e do impacto cultural. À medida que Hollywood continua a explorar novas formas de contar histórias, o mundo da moda permanecerá ao lado, transformando figurinos em tendências e cenas em passarelas globais.
Em 2025, podemos esperar que essa parceria continue a se expandir, redefinindo como consumimos e nos conectamos com a moda através da tela grande e pequena. Afinal, a moda, assim como o cinema, é uma forma de arte – e juntos, eles constroem um legado que transcende o tempo.
