A icônica Maison Chanel abriu o último dia da Paris Fashion Week nesta terça-feira (11), consolidando a temporada de Outono/Inverno 2025/26 com um desfile que reverenciou seu DNA sofisticado enquanto insinuava uma nova era sob a futura direção de Matthieu Blazy. O Grand Palais foi o cenário dessa exibição de requinte e precisão estética, protagonizada por Vittoria Ceretti e Mona Tougaard, que deram vida a uma coleção marcada pela feminilidade e pela delicadeza de detalhes meticulosamente trabalhados.
O legado Chanel entre transparências e estruturas refinadas
A coleção prêt-à-porter apresentada pela Chanel capturou o espírito da grife em sua forma mais pura: transparências etéreas, mangas bufantes, babados sutis e laços estratégicos compuseram looks que equilibraram tradição e modernidade. As silhuetas retas trouxeram uma abordagem arquitetônica à alfaiataria, enquanto tecidos fluidos adicionaram um toque de leveza à coleção. A maison reforçou sua assinatura visual, mantendo-se fiel ao seu legado mesmo em um momento de transição criativa.
O desfile consolidou a Chanel como um pilar de consistência e sofisticação em meio às transformações da indústria. A escolha por um design coeso e meticuloso parece uma mensagem clara: mesmo diante de novas direções, a essência da marca permanecerá intacta. Matthieu Blazy, que assume a direção criativa em outubro de 2025, terá a missão de equilibrar inovação e herança na sua estreia altamente aguardada.
Paris Fashion Week: uma temporada de transformações e nostalgia
Encerrando o circuito das semanas de moda internacionais, a Paris Fashion Week manteve seu status de epicentro das tendências globais, consolidando direções criativas que vão moldar o cenário fashion nos próximos anos. Nomes como Miu Miu, Dior, Valentino, Tom Ford, Dries Van Noten, Balenciaga, Givenchy, Chloé e Louis Vuitton marcaram presença com coleções que passearam entre a nostalgia dos anos 2000 e o desejo por um futuro mais experimental.
Se Milão celebrou a opulência, Paris trouxe uma abordagem mais poética e arquitetônica, refletindo um momento de redefinição na moda. O equilíbrio entre artesanato e inovação tecnológica, visto em colaborações como a da Coperni com o Tamagotchi, e o flerte com uma estética gótica e vitoriana, evidenciado em casas como Dior e Alexander McQueen, foram alguns dos highlights da temporada.
Com a Chanel conduzindo o encerramento de forma impecável, a Paris Fashion Week Outono/Inverno 2025/26 finalizou com um lembrete de que, na moda, tradição e reinvenção sempre caminham juntas. O futuro, sem dúvida, promete.