Na perfumaria contemporânea, poucas notas têm se reinventado com tanta força quanto a rosa. Antes associada quase exclusivamente a composições femininas e românticas, a flor agora ocupa o centro de uma revolução olfativa que rompe com padrões binários e abraça a liberdade de gênero. Em frascos sofisticados e fórmulas ousadas, a rosa ressurge como protagonista de lançamentos luxuosos e modernos: versátil, intensa e completamente unissex.
A rosa está sendo reimaginada na perfumaria como símbolo de fluidez e estilo, fadada a superar os rótulos de gênero. Após a revolução promovida por fragrâncias icônicas como CK One na década de 1990, o mercado se reorienta para uma perfumaria genderless, onde notas são elegidas por afinidade, não por identificação binária.
Rosa em luxo e inovação
Marcas de alta perfumaria, como Dior, Lancôme, Byredo, Le Labo e Maison Francis Kurkdjian, lançam intensas interpretações da rosa. Na nova linha Absolue Les Parfums, a Lancôme oferece múltiplas facetas da flor, desde a suavidade orvalhada à sensualidade amadeirada. Já Miss Dior Rose N’Roses recria a flor com frescor e elegância vibrante, clara prova de que rosa + luxo podem ser versáteis ainda que sofisticados.
Rosa que rompe barreiras
O Brasil acompanha essa tendência com fragrâncias sem gênero. A linha Alchemists Rose, do O Boticário, traz a rosa como tema central e elimina qualquer hierarquia, enquanto marcas como Phebo e L’Envie Parfums promovem a mesma fluidez olfativa. Nem todos os rótulos foram apagados, mas as opções unissex já ultrapassam os lançamentos segmentados.
Rosa do século 10 ao futuro
Historicamente, a rosa já foi usada por homens em culturas como a do Oriente Médio e Roma Antiga, era símbolo de status e poder, não feminilidade . Hoje, ela é resgatada como ingrediente central em cosméticas-arte, com perfis olfativos que falam a vários estilos e personalidades.
Se para alguns a perfumaria sem gênero será o futuro inevitável, outros acreditam que a indústria massificada continuará categorizando por gênero por questões mercadológicas. A inovação já está em pleno vapor, mas leis de marketing e hábitos rígidos ainda tentam conter o movimento.
A volta da rosa como nota unissex celebra a ideia de perfumes definidos por estilo, não por gênero. No frasco, a rosa se reinventa: luxuosa, moderna e plural, pronta para acompanhar qualquer identidade.