A edição 47 da São Paulo Fashion Week terminou neste último domingo (14) e os desfiles deram o que falar. Desde inovações tecnológicas, até novidades nos looks e marcas, a SPFW N57 se destacou dentre as demais com muitas novidades e desenvolvimento de coleções baseada em contextos históricos e culturais. Por isso, a Z Magazine realizou um compilado de tudo aquilo que devemos ver como tendência para 2024, baseado nos trabalhos dos incríveis estilistas da SPFW.
*Fotos: @agfotosite/ Zé Takahashi e Marcelo Soubhia
Franjas
Como já previsto por pesquisas de tendências de moda ao redor do mundo, as franjas voltaram com tudo, ainda mais em looks com uma pegada mais western. Mas, nas passarelas da SPFW, elas estavam por toda a parte, complementando looks criativos, românticos ou até mais dramáticos, trazendo movimento às peças de tecidos mais fluidos ou resistentes.
Couro
O tecido das estrelas do rock está de volta para as passarelas! Apesar de ser um material que nunca sai de moda, o couro vem chamado a atenção nas passarelas, sobretudo em looks improváveis, como vestidos e outras peças de roupa geralmente confeccionadas com materiais mais fluidos. O destaque ao material foi dado principalmente no desfile de Patricia Viera, já conhecida pelo uso do couro em suas composições, mas, que levou esta tendência ao extremos para esta edição com looks feito quase inteiramente com o tecido.
Artesanato
Levando em consideração o engajamento da Semana de Moda com as raízes culturais de nosso país, nada melhor do que o artesanato para representá-las. Cada vez mais o trabalho manual é valorizado entre os brasileiros, sobretudo aqueles que contam parte da nossa história, assim como a marca Catarina Mina, estreante no SPFW, deixa claro em suas coleções não apenas com as referências à fauna e flora brasileira nas peças como em sua confecção, que é feita inteiramente à mão pelo trabalho de mulheres artesãs.
Alfaiataria ousada
A alfaiataria é um statement do estilo clássico mas que, ultimamente, tem chamado a atenção por inovações em cores e recortes. Na última SPFW o destaque foi para os blazers, que, ao unirem diferentes tecidos e recortes construíram looks que podiam variar de um casual até uma abordagem mais dramática ou criativa.
Sustentabilidade
Em colaboração com a popularidade das peças mais artesanais, pautas sobre o meio ambiente e sustentabilidade estiveram em voga para esta edição da SPFW, com marcas inteiramente ligadas à estes valores e filosofias. O novo desafio que se apresenta de criar peças inovadoras com estas limitações tem sido um grande diferencial, com looks feitos a partir da moda circular, como Marina Bitu apresentou em seu desfile.
Verde
Apesar da cor pêssego ter sido eleita como a representante do ano, os tons de verde não ficam para trás! Principalmente os tons mais claros e acinzentados tomaram conta das passarelas e devem também tomar conta dos looks para 2024.
Minimalismo
Para as fashionistas que preferem usar looks mais dia a dia, a SPFW apresentou diversas opções de desfiles com looks mais casuais para uma vestimenta cotidiana. Lilly Sarti foi uma destas estilistas que levou ao palco ideias de composições elegantes, porém, nada simples, com toques de sofisticação que não pesavam nos looks.
Maximalismo
Em contraposição ao item anterior, o maximalismo também deu às caras nos desfiles da SPFW desde os looks mais conceituais quanto os mais criativos. A Fauve foi uma das marcas a explorar este conceito, que desde as peças até os acessórios utilizou materiais improváveis e brincou bastante com as silhuetas das modelos.
Silhuetas diferenciadas
Com a popularização do fenômeno de “fashion hacking“, as marcas tem utilizado a sua criatividade para ousar com as peças, dando à elas usos que diferem do tradicional. Além disso, o uso de estruturas nas peças possibilitou aos estilistas a criação de formatos praticamente ilimitados, que davam toques mais futuristas aos looks.
Moda Masculina em alta!
E por último, mas não menos importante, a moda masculina ganhou destaque nesta edição da SPFW com mais modelos masculinas nas passarelas, às vezes até utilizando peças que foram destinadas ao feminino, desafiando algumas normas e regras da moda. Afinal, se a moda não deve seguir regras, a moda masculina chegou para desafiar estes padrões, como vimos na coleção de Rafael Caetano, que trazia referências em ambas as abordagens com looks destinados ao público masculino.