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Loewe e o luxo sustentável: maison adota Orange Fiber em nova coleção

16 de junho de 2025

#Cultura de Moda

By: Redação

A maison espanhola Loewe reforça seu compromisso com a sustentabilidade ao incorporar o inovador tecido Orange Fiber em sua mais recente coleção. Conhecida por seu olhar artesanal e sensível para a moda contemporânea, a marca dá um passo relevante ao aliar sofisticação e consciência ambiental, integrando à sua narrativa estética uma fibra têxtil produzida a partir do reaproveitamento de cascas de laranja — um resíduo da indústria de sucos. O lançamento faz parte de uma iniciativa mais ampla da Loewe em direção a práticas regenerativas e éticas, em sintonia com o novo luxo que se desenha na indústria.

A elegância cítrica da inovação

O tecido Orange Fiber foi desenvolvido na Itália a partir de uma patente exclusiva que transforma restos de frutas cítricas em fibras têxteis biodegradáveis, com aspecto delicado, toque sedoso e propriedades benéficas à pele. Cada metro de tecido representa a reutilização de toneladas de resíduos orgânicos, promovendo uma cadeia de produção circular que reduz impactos ambientais sem comprometer a qualidade e o requinte das peças finais. No caso da Loewe, o tecido aparece em modelos como o top drapeado com assimetria arquitetônica, confeccionado em uma mistura de lyocell e Orange Fiber, reafirmando a estética refinada da marca sob um novo ponto de vista: o da sustentabilidade.

Ao lado de outras matérias-primas naturais como ráfia e palha, já utilizadas em coleções anteriores, a Loewe atualiza seu repertório criativo a partir da valorização de técnicas manuais e escolhas conscientes. O resultado são criações sofisticadas, mas profundamente conectadas à natureza e à inovação ambiental.

Um novo olhar sobre o luxo e o planeta

A adoção de Orange Fiber pela Loewe não é um movimento isolado, mas sim parte de uma trajetória que vem se delineando entre algumas das principais maisons internacionais. Em 2017, a Salvatore Ferragamo tornou-se a primeira grife de luxo a apresentar uma coleção cápsula inteiramente confeccionada com o tecido italiano, abrindo caminho para que outras marcas o enxergassem não como um material alternativo, mas como uma nova referência de elegância consciente. Nos anos seguintes, a iniciativa foi também abraçada por marcas como E. Marinella e H&M (em sua linha Conscious Exclusive), que exploraram a fibra em acessórios, alfaiataria e peças de alta rotatividade, demonstrando sua versatilidade e sofisticação.

Recentemente a Chanel também anunciou a Nevold, sua nova marca de tecidos sustentáveis que deve produzir a matéria-prima de coleções futuras da maison, focadas na responsabilidade com o meio ambiente.

Esse avanço reforça a noção de que o luxo do século XXI está profundamente atrelado à responsabilidade socioambiental. A moda passa a ser entendida não apenas como expressão estética ou símbolo de status, mas como um agente transformador que deve, necessariamente, considerar seus impactos e propor soluções para um futuro mais equilibrado.

O Brasil e o protagonismo do consumidor consciente

Com consumidores cada vez mais atentos à origem das peças, à durabilidade dos materiais e à ética envolvida na produção, a adoção de tecidos circulares como o Orange Fiber se apresenta como uma resposta direta às novas demandas do mercado global. O Brasil, enquanto mercado emergente de moda sustentável, também começa a acompanhar esse movimento, com marcas independentes e grandes players testando inovações e introduzindo práticas regenerativas em suas cadeias produtivas.

Nesse contexto, a escolha da Loewe reafirma seu posicionamento como uma maison conectada ao presente e atenta ao futuro, onde estética, inovação e sustentabilidade não apenas coexistem, mas se potencializam mutuamente. A união entre o artesanal e o tecnológico, o desejo e a responsabilidade, se consolida como o novo caminho para a moda de alto padrão.

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fashion

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