O Metropolitan Museum of Art revelou o tema do Met Gala 2026: “Costume Art”, escolhido em sintonia com a nova exposição do Costume Institute. A mostra, que inaugura em 10 de maio de 2026 nas recém-abertas Galerias Condé Nast, propõe uma imersão na relação entre corpo e moda ao longo de cinco mil anos de história. Sob curadoria de Andrew Bolton, a exposição coloca a moda no mesmo patamar de linguagens como pintura e escultura, defendendo que vestir o corpo é um ato cultural e simbólico tão relevante quanto qualquer expressão artística clássica.
O corpo como centro da narrativa
Dividida em três eixos, corpos onipresentes, corpos negligenciados e formas universais, a mostra revisita a presença do corpo vestido em diferentes contextos estéticos. Do nu clássico aos corpos envelhecidos, gestantes ou representados de forma anatômica, a narrativa busca ampliar o repertório visual e questionar padrões tradicionais.
Moda, arte e público em diálogo direto
Um dos grandes destaques da exposição são os manequins com cabeças espelhadas, criados pelo artista Samar Hejazi. As superfícies refletivas convidam o visitante a integrar-se à obra, dissolvendo fronteiras entre espectador, corpo e vestimenta. Essa interação reforça a mensagem central do projeto: a moda só ganha vida plenamente quando conectada ao corpo, seja o real, o representado ou o imaginado.
Por que o tema importa agora
A escolha de “Costume Art” chega em um momento em que o debate sobre diversidade corporal, legitimidade da moda como arte e a expansão dos estudos de indumentária ganha força global. Ao posicionar o corpo vestido como protagonista, o Met amplia discussões sobre inclusão e desafia hierarquias que historicamente colocaram roupas e costura em um patamar inferior às belas artes. Ao mesmo tempo, celebra a inauguração das Galerias Condé Nast, um marco institucional que reforça o peso cultural da moda dentro do museu.
Uma declaração para além do red carpet
Mais que uma diretriz estética para os looks do tapete vermelho de 2026, “Costume Art” é uma afirmação poderosa: moda é arte viva. É linguagem, expressão e história. O corpo é a tela, e a roupa, o traço que conecta passado e presente. O tema posiciona o Met Gala como palco de reflexão estética profunda e antecipa um dos anos mais simbólicos para a moda contemporânea.