Desde seu lançamento em 2003, “Sexta‑Feira Muito Louca” permanece como um marco cultural, não apenas pela trama divertida de troca de corpos, mas pelos figurinos que representaram visualmente o atrito entre gerações. Tanto que sua produtora, Disney, optou por lançar uma sequência “Uma Sexta-Feira mais Louca Ainda” em 2025, que deve resgatar seus fãs pela nostalgia e conquistar novos públicos. Em 2003, Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis vestiram personagens opostas que, ao trocar de corpo, trocam também de identidade e estilo, resultando em looks icônicos que marcaram os anos 2000. Já nesta nova sequência, o estilo deve espelhar tendências mais atuais e maduras, mas será que o filme fará jus ao legado fashion do original? Confira alguns dos principais aprendizados de moda de “Sexta-Feira Muito Louca”.
Anna Coleman: rebeldia adolescente em forma de punk
No início do filme, Anna (Lohan) personifica a estética do mall punk com camiseta de banda, calça baggy de cintura baixa, gargantilhas, tachas e sobreposições de mangas. A maquiagem dramática com lápis preto reforça sua rebeldia e atitude adolescente, inspirada em idols do rock e da cultura alternativa da época.
Tess Coleman: elegância madura e uniforme corporativo
Por outro lado, Tess (Curtis) se veste com alfaiataria consumada: camisas sociais, calças de alfaiataria, vestidos midi, salto fino e penteados alinhados. Sua estética representa uma mulher responsável, centrada no mundo editorial e familiar, simbolizando um padrão de moda funcional e conservador .
O poder da troca: moda como diálogo entre mães e filhas
Quando Anna assume o corpo da mãe, ela transforma o guarda-roupa de Tess: corta o cabelo curto, adiciona piercing, abandona ternos e adota botas over-the-knee, vestidos florais e veludo, evocando Stevie Nicks. A mudança sublinha o choque cultural, mas também gera empatia entre gerações. Já Tess se vê experimentando o estilo jovem ao vestir roupas descoladas de Anna, uma pequena rebeldia com botão de reset no visual.
O visual como personagem narrativo
A cenografia da moda no filme faz mais do que vestir personagens, ela narra os choques e aprendizados que verde e maduro têm ao trocar de pele. A roupa torna-se uma linguagem emocional: Anna descobre o peso da vida adulta através de sapatos que machucam, enquanto Tess revê o mundo com liberdade e atitude juvenil ao vestir sneakers e tops com personalidade.
O legado Y2K revisitado
Décadas depois, esse guarda-roupa virou referência para o retorno da estética dos anos 2000. O look de Anna, especialmente a blusa vermelha de manga 3/4 e o vestido floral sobre botas, já virou fantasia de Halloween e ressurge no TikTok como inspiração Y2K autêntica. A interpretação visual permanece poderosa e nostálgica para quem cresceu naquela era.
Do cinema para o tapete vermelho: legado fashion atual
A influência visual do filme ecoa até hoje. Na estreia de Freakier Friday em 2025, Lindsay Lohan usou looks que celebraram esse legado, desde um vestido tutu da Jacquemus inspirado em Sex and the City até gowns rosa Barbiecore da Miu Miu e Balmain que resgatam seu estilo alternativo dos anos 2000. Jamie Lee Curtis brilhou em um look coral de Carolina Herrera, reforçando sua elegância clássica com um toque vibrante presente desde o original.
Por que “Sexta‑Feira Muito Louca” ainda importa?
Esse filme transcende o rótulo de comédia familiar. Ele capturou um momento estético específico, o clash de gerações expressado pela moda, e hoje inspira narrativas de empoderamento feminino e diálogo estilístico. Como um estudo social embutido em figurinos divertidos, Sexta‑Feira Muito Louca continua ensina ndo que roupa é atitude, identidade e linguagem emocional entre mães e filhas.