A fusão entre Arezzo&Co e Grupo Soma, anunciada como a maior transação da moda nacional, está no centro de rumores que estremeceram o mercado nos últimos dias. Quatro dias após as especulações de um possível rompimento, a Azzas 2154 – holding resultante da união – quebrou o silêncio e se manifestou oficialmente. Em comunicado, a companhia afirmou que “no momento, não há qualquer discussão em andamento sobre compra de participação, cisão ou segregação de negócios”.
A incerteza em torno do futuro da fusão veio à tona após veículos de imprensa apontarem uma possível ruptura entre Alexandre Birman (Arezzo&Co) e Roberto Jatahy (Grupo Soma), acionistas de referência da Azzas 2154. A notícia teve impacto imediato: as ações da companhia despencaram 10,42% em um único dia, resultando em uma perda de R$ 510 milhões em valor de mercado.
Apesar dos rumores, Birman e Jatahy destacaram que “dialogam constantemente sobre aprimoramento na governança do Azzas 2154” e que essas conversas podem levar a “eventuais ajustes no acordo de acionistas vigente”. Porém, reforçaram que “não há qualquer negócio celebrado entre eles”.
Vale lembrar que, no final do ano passado, a holding descontinuou quatro marcas do seu portfólio, sinalizando um movimento estratégico dentro da fusão. A Azzas 2154, que surgiu há apenas oito meses, consolidou um império fashion com faturamento de R$ 12 bilhões, um portfólio de 34 marcas e mais de 2 mil lojas – próprias e franquias – espalhadas pelo Brasil.
No comunicado oficial, a empresa reiterou seu compromisso com a transparência e assegurou que manterá acionistas e o mercado informados sobre qualquer fato relevante que impacte seus negócios. Enquanto isso, o setor fashionista segue atento aos próximos capítulos desta que é a maior movimentação do varejo de moda do país.