O príncipe William e a atriz Cate Blanchett protagonizaram, nesta semana, uma visita emblemática ao laboratório da Colorifix, em Norwich, Inglaterra, empresa finalista do Earthshot Prize por seu trabalho pioneiro no desenvolvimento de corantes têxteis ecológicos. Sob os olhares atentos de Barry Yarkoni, cofundador da empresa, os dois conferiram o processo inovador de tingimento por fermentação, controlado por sequenciamento de DNA, técnica que elimina o uso de corantes petroquímicos altamente poluentes e reduz drasticamente o consumo de água e químicos tóxicos.
Blanchett, envolvida frente às descobertas científicas, como pigmentos metálicos inesperados, admitiu que avaliará novamente o impacto ambiental de suas escolhas de guarda‑roupa, ponderando até mesmo evitar excessos de preto, branco, azul e verde, cujos tons tradicionais exigem tratamentos laboriosos. Já o príncipe compartilhou seu entusiasmo: “Devia ter prestado mais atenção nas minhas aulas de química!”, comentou, enquanto manipulava amostras sob o microscópio.
Moda consciente: ciência, política e estilo em um só movimento
A visita reforça como a moda de luxo está se transformando: não mais apenas superficial, mas alinhada a soluções práticas contra a crise ambiental. O Earthshot Prize, criado por William em 2020, e do qual Blanchett é embaixadora, busca justamente isso, apoiar tecnologias como a da Colorifix, que acaba de fechar parceria com gigantes como H&M e Pangaia.
Ao unirem moda e ciência, o príncipe e a atriz resgatam o poder da imagem institucional — apoiada pela realeza e pelo cinema, para legitimar uma virada real na indústria. A combinação de visibilidade, endosso e tecnologia pode acelerar o uso de corantes naturais em larga escala, e colocar essa pauta no radar de grandes players e dos consumidores globalmente.