França aprova lei contra fast fashion

Penalidades por peça vendida e proibição de publicidade: veja o que a França coloca em pauta nesta nova lei para as fast fashion e seus impactos ambientais

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No dia 14 deste mês, a Assembleia da França aprovou um projeto de lei que determina penalidades para produtos de fast fashion vendidos. A multa surge com o objetivo de ajudar a compensar o impacto ambiental causado por sua produção e venda e o projeto de lei pretende realizar um aumento gradual das penalidades por peça de até 10 euros até 2030. Além disso, há a pretensão de proibir a publicidade destes produtos e de que os varejistas desta categoria incluam informações sobre a reutilização, reparo, reciclagem e impacto ambiental de uma peça próximo ao seu preço.

O projeto, que ainda deverá passar pelo Senado, foi votado em unanimidade pelos legisladores e deverá ser implementado em breve.

O mercado de moda da França teve um grande impacto devido a popularização das marcas fast fashion pois, devido a isso, várias de suas empresas declararam falência, não apenas pela concorrência, mas também, pelos seus impactos na produção e venda com a pandemia de COVID 19 que não foram causados às lojas de fast fashion.

A popularidade das empresas com esse modelo de produção e venda rápidos, esteve em crescimento nos últimos anos, sobretudo com a popularização do digital. Sua expansão se deu no final dos anos 2000 pelos seus preços acessíveis e constante atualização de tendências, porém, com os e-commerces, as vendas alavancaram ainda mais e se tornaram uma opção prática para os consumidores – fato que se tornou ainda mais importante no período de pandemia e isolamento social. Apesar de ter revolucionado o mercado de peças prêt-a-porter, as lojas fast fashion têm atrelado a elas um grande impacto ambiental.