Moda e Economia: Segmento de vestuário cresce cada vez mais

Como a moda e a economia se relacionam e explicam o êxito do setor vestuário mesmo quando estamos em crise?

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Créditos: Freepik

A ACIC (Associação Comercial e Industrial de Campinas) divulgou, nessa última semana, dados sobre o Setor de Moda e Vestuário na cidade de Campinas. De acordo com a pesquisa, desde a pandemia de Covid-19 em 2020, o varejo de moda (calçados, roupas e acessórios) tem se destacado e representa um faturamento de R$ 2,050 bilhões apenas em Campinas e na RMC.

“O que se observa, é que apesar do aumento da inflação dos itens de vestuário em 18,02% em 2022, a demanda por esses produtos permanece alta e as previsões indicam um crescimento contínuo nos próximos anos.”, diz a pesquisa que conclui uma expansão de 6,98% na abertura de lojas do segmento na região e, um aumento de 9,63% na movimentação financeira, sobretudo por comércios dos segmentos de moda feminina e infantil.

 

Por que isso acontece?

A relação da moda com a economia não é uma novidade para pesquisadores como já analisado por George Taylor em sua “Hemline Theory” que desde os anos 1920, a moda parece mais relevante em momentos em que a economia está colapsando, como foi o caso da crise de 1929, uma das maiores crises financeiras do mundo. Isso, de acordo com inúmeros estudos, se deve ao fato de que as roupas são vistas como uma forma de escapismo, e diversão em meio a um momento delicado.

Portanto, a frase “heels go up as the economy is going down” se tornou cada vez mais popular, fazendo referência sobre os saltos ficarem mais altos quando a economia esta em baixa.

 

Para 2024, as previsões são de um aumento ainda maior, com o faturamento 8,0% do total de vendas do ano. Por isso, varejistas tem se preocupado cada vez mais em colocar seus produtos em evidência no mercado inclusive procurando forma de se expandir nos meios digitais.