Óculos de grau: de um item indesejado a um acessório de moda e autoestima indispensável

Mais do que uma necessidade, o item passou a ser usado como um acessório de expressão, sendo parte especial daquele look cheio de personalidade

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Modelo Micca, da marca carioca Zerezes. Foto: divulgação.
Modelo Micca, da marca carioca Zerezes. Foto: divulgação.

Há cada vez mais espaço para novas formas de se expressar na moda: seja por meio das próprias roupas, maquiagem e sapatos, as pessoas têm ressignificado peças que antes eram vistas como motivo de vergonha ou chacota – trazendo tendências que antes eram vistas com pouca aprovação. Um excelente exemplo são os óculos de grau: de terror absoluto na infância de muitos a item de estilo indispensável, as armações passaram por uma releitura e hoje inclusive levam beleza e estilo às escolhas de moda.

Logo cedo muitas crianças são apresentadas ao termo “quatro olhos”, que inclusive pode acabar por marcar o processo de formação de identidade e abalar o desenvolvimento da autoestima, trazendo vergonha para algo que não foi uma escolha. O tempo passa e quem precisa do item se acostuma a tirar e a colocar os óculos como se fossem meros movimentos automáticos e necessários. Por mais que não se falasse tanto sobre, o fato de precisar usar óculos de grau sempre trouxe consigo uma etiqueta carregada de preconceitos e vergonhas. A verdade é que até pouco tempo, quase todo mundo escondia os óculos para tirar fotos, ir a eventos e até para conhecer gente nova. São raros os exemplos de capa de revista que traziam o acessório.

Muito além disso, a própria experiência de compra dos óculos costumava ser carregada de estigmas, como se a ideia fosse curar um mal e a lente devesse sempre vir no pacote – afinal, “quem usa óculos e é bonito?”. Entretanto, há alguns anos, motivado principalmente pelo poder das redes sociais e pelo movimento de empoderamento da população para que as pessoas se aceitem como são, o item vem cada vez mais se inserindo nos looks das pessoas mais estilosas por aí.

Algumas marcas também têm promovido ao longo dos anos, uma verdadeira transformação no mercado ótico brasileiro. A Zerezes, por exemplo, enxerga o setor como ultrapassado e quer mostrar que é possível encontrar os óculos ideais, que promovam autoestima para as pessoas sem burocracia e com um olhar apurado de design. Por isso, é de extrema importância ter um direcionamento individual e uma experiência legal ao escolhê-los. Foram muitos anos entendendo esse mercado e achando a proposta de valor ideal para os consumidores e a empresa não tem medido esforços para comunicar a importância de uma boa experiência ao escolher óculos.

E sim, dependendo da maneira como são apresentados ao consumidor, os óculos podem ser uma maneira das pessoas encontrarem sua melhor versão, uma ferramenta de autoexpressão e um traço positivo da identidade, contribuindo para demonstrar escolhas de estilo e até mesmo para completar looks considerados básicos. Não é raro ver celebridades e pessoas comuns usando apenas armações sem nem ter grau inclusive. Com a possibilidade de trazer design, funcionalidade e diversas cores e modelos, essa verdadeira moldura que pode ser criada é cada vez mais interessante e tida como bonita.

A moda celebra a construção da identidade e o modo como decidimos enxergar o mundo. Não há item que celebre melhor esse fato do que os óculos de grau, que literalmente colocam a visão de mundo sob novas lentes. Ela sempre foi disruptiva e mostra cada vez mais que as pessoas devem buscar serem elas mesmas e o que amam e acreditam – e que bom que o estilo é grande aliado nisso. Se sentir bem com óculos hoje é muito mais do que de fato entender de moda e incluir um item clássico e atemporal nas escolhas diárias: é celebrar uma liberdade de poder atrelar uma necessidade física a se sentir bem. Algo que deveria ter sido garantido desde o começo, mas que graças ao poder da moda, já vem transformando todas as gerações.

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