Como incorporar o melhor da tendência “quiet luxury”

Consultora aponta caminhos para aderir à moda de forma consciente e sustentável

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Foto: reprodução Pinterest

Desde que o conceito de “quiet luxury” conquistou destaque internacional, ele tem gerado opiniões divergentes. Enquanto alguns críticos argumentam que o estilo promove uma moda elitista e segmentada, defensores dessa tendência enxergam nela uma postura consciente na escolha das peças de roupa. Com o auxílio de uma especialista, podemos encontrar equilíbrio entre essas opiniões e identificar elementos que sejam relevantes e práticos, adaptando-os ao nosso estilo pessoal.

O “luxo silencioso”, em tradução livre, destaca a valorização de itens discretos, que transmitem uma essência luxuosa sem buscar ostentação. De acordo com a consultora de moda e imagem Camile Stefano, desde que essa onda ganhou popularidade nas redes sociais, a indústria do fast fashion desviou-se do conceito original. “Vemos as lojas incentivando o consumo desenfreado de peças que, em teoria, traduziriam esse estilo, mas que, no entanto, acabam sendo descartáveis e nada similares ao conceito de exclusividade”, destaca.

O que podemos aprender com o “quiet luxury”?

Em primeiro lugar, devemos explorar o verdadeiro significado de “luxo”, que está relacionado à raridade, ou a um item único e especial. Isso não significa necessariamente que a peça precisa ser a mais cara do mercado; ela pode ser encontrada em brechós, marcas locais ou até mesmo ser uma herança de um parente. “Olhar para o conceito de luxo a partir dessa perspectiva pode ser saudável, ajudando-nos a causar menos impacto ao meio ambiente no nosso dia a dia, além de ser economicamente sustentável”, recomenda Camile.

Outra vantagem significativa é a escolha consciente de roupas que não seguem o ciclo efêmero da moda e das tendências, mas sim que permanecem sempre relevantes e presentes em nosso imaginário. São opções atemporais que representam um investimento duradouro. A consultora explica que, “o ‘quiet luxury’ está mais relacionado à filosofia por trás das compras, valorizando a ideia de possuir itens únicos e duradouros, em vez de se render constantemente às novidades e renovar o guarda-roupa com frequência”.

Por fim, a tendência não deve ser usada para ostentação, mas sim incorporada como um estilo de vida sustentável. O objetivo é abandonar a busca por status e adotar o consumo consciente. Valorizar a qualidade e singularidade das peças, em vez de usá-las como símbolos de riqueza, é essencial. “Ao adotarmos essa abordagem, construímos um guarda-roupa autêntico, que reflete nosso estilo pessoal e preocupação com questões maiores”, defende Camile.

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