Acontece a partir de amanhã, 23 de junho, até dia 27, mais uma edição 100% digital do São Paulo Fashion Week. Com intervenções interativas e live streaming dos desfiles, o SPFWN51 terá 41 marcas participantes. Dentre elas, estreiam nesta temporada 8 marcas do projeto Sankofa, coletivo de estilistas negros em iniciativa da plataforma Pretos na Moda e da startup de inovação social VAMO. Pretos na Moda busca unificar profissionais racializados do mercado de moda e a VAMO (Vetor Afro-Indígena na Moda) propõe um processo de reparação na moda nacional. Conheça as marcas que estreiam nesta edição do SPFW:
Ateliê Mão de Mãe
Diretamente de Salvador, a marca fundada por Vinicius Santanna nasceu durante o aperto econômico causado pela pandemia. A mãe de Vinicius, Luciene, entrou de cabeça no projeto e começou a produzir suas próprias confecções, sem cópias, totalmente original e artesanal. A marca ganhou maior reconhecimento quando, em janeiro de 2021, Fernanda Paes Leme foi à Salvador e conheceu as peças, postando em seu instagram. A partir dai, Vinicius e Luciene receberam o convite para o Projeto Sankofa em parceria com a SPFW.
Az Marias
AZ Marias é mais do que apenas uma marca de roupas, é um negócio de impacto socioambiental disposto a repensar o processo de fazer roupas, planejando “para quem” e “por quem”. Foi em 2015 que Cíntia Maria Felix decidiu criar a empresa a partir de insatisfações com a indústria da moda, que não desenvolve modelagens para o corpo da “mulher real”, sobretudo da mulher negra. Além disso, o alto descarte de residuos sólidos poluentes e a utilização de mão de obra análoga à escravidão. Az Marias criam roupas no estilo streetwear e moda afro, unindo a ancestralidade africana e urban style, além de ter uma preocupação socioambiental.
Meninos Rei
Mais uma marca baiana que estreia na 51ª edição do SPFW. Há seis anos, ‘Meninos Rei’ foi criada pelos irmãos Júnior e Céu Rocha como uma camisaria masculina. Com inspiração na cultura negra e em tecidos africanos, os irmãos confeccionam uma alfaiataria de alta qualidade, acessórios, vestido de festa, moda praia e entre outros.
Mile Lab
Dentro do segmento streetwear, a Mile Lab é uma marca de moda marginal fundada em 2017 por Milena do Nascimento Lime. A marca ativista busca representar o reconhecimento dos corpos periféricos e da sua estética, utilizando a moda como forma de manifestar suas lutas, como um veículo de poder.
Naya Violeta
Criada em 2007, a marca leva o nome artístico de sua fundadora. Naya Violeta é designer e cresceu em quintal de tias costureiras, mas sentia falta da representatividade da moda preta. A estilista sempre confeccionou as próprias roupas e vendia entre amigas, até perceber que essa busca poderia virar um négocio amoroso e artesanal.
Santa Resistência
Marca de slow fahsion com propósito que nasceu há seis anos atrás, quando, aos 45, Monica Sampaio decidiu largar a carreira de engenheira e seguir seu sonho de ter uma marca de roupas. Como itens mais vendidos estão os vestidos e túnicas em estamparia que remetem à rica cultura da África.
Silvério
Marca do Cofundador do VAMO (Vetor Afro-Indígena na Moda), Rafael Silvério é o estilista por trás da grife. Foi após um episódio de ansiedade por não encontrar um emprego depois que terminou a faculdade que nasceu a ‘Silvério’, uma das marcas que estreiam a partir do dia 23 na semana de moda de São Paulo com a coleção nomeada “Obscura” e quase inteira tingida de preto.
Ta Studios
Marca sem gênero fundada em 2019 pela designer carioca Gi Caldas, com o propósito de criar roupas que abracem e protejam de qualquer mal. A estilista, que também é astróloga, chama suas peças de amuleto, trazendo a espiritualidade e representatividade como os principais pilares da Ta Studios.