Joias secondhand: discussão sobre consumo de luxo e preocupação sobre impactos ambientais ganha cada vez mais força no mundo

Tendência é alternativa para consumir joias, relógios e acessórios de luxo, de forma consciente, colaborando para a diminuição do impacto aos recursos naturais

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Foto: Canva
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Questões ambientais e moda de luxo são pautas que estão cada vez mais conectadas, mostrando que as pessoas se importam e se preocupam com a retirada de recursos naturais do meio ambiente para alimentar essa indústria. No segmento de joias, a dependência da energia fóssil e da mineração faz com que o negócio seja um dos grandes vilões da natureza. A mineração de diamantes e metais preciosos causa danos imediatos e em longo prazo ao meio ambiente, dentre eles a contaminação do solo, da água e do ar ao redor das áreas de extração.
Compra de joias secondhand ajuda o meio ambiente

Apesar de alguns considerarem inusitada a conexão entre o mercado de joias e sustentabilidade, há alternativa para consumir esses itens sem prejudicar o meio ambiente através de joias secondhand, (segunda mão, em tradução livre), prática crescente no Brasil e no mundo que impõe zero impacto aos recursos naturais.

A empresa de consultoria norte-americana Boston Consulting Group fez uma pesquisa com consumidores de joias e relógios de luxo e descobriu que, nos Estados Unidos, a previsão é de que o mercado de luxo secondhand cresça até 20% ao ano nos próximos cinco anos. Segundo a mesma consultoria, os canais digitais têm sido essenciais nessa mudança de mentalidade, que atinge principalmente a geração Z (nascidos entre 1995 e 2015), mais atenta às questões do meio ambiente.

 

No Brasil 

À frente da tendência no Brasil está a Orit, pioneira no segmento de joias e relógios de luxo secondhand, com uma tradição de compra, venda e troca de peças desde 1958. Segundo Nicole Sztokfisz, Diretora de Marketing e Sustentabilidade da empresa, cresce cada vez mais o público que procura acesso a produtos de luxo e que deseja fazer parte da economia circular e sustentável.

“O ciclo de vida útil de uma joia é eterno, são peças para a vida toda. Hoje, as pessoas estão mais conscientes quando se trata de consumo e têm mais cuidado com o que compram, dando preferência às peças de qualidade e duráveis”, explica Nicole.

“Quando as peças chegam à Orit, passam por um processo de revisão, que envolve o polimento e a limpeza, além, obviamente, da certificação de autenticidade de cada peça. Tudo chega às mãos de quem compra com a garantia de que a joia é autêntica”, certifica a especialista.

Com isso, investir no consumo de joias e acessórios de segunda mão contribui significativamente tanto na sustentabilidade, evitando uma exploração incisiva e inadequada da natureza, quanto em menor impacto social.

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